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O ano de 2018 foi marcado por grandes eventos e resultados para o esporte universitário paulista. Tivemos em nosso calendário as competições do estaduais, o JUBs (brasileiro) e pela primeira vez o FISU America Games (pan-americano) que foi sediado na cidade de São Paulo.
Como coroação da belíssima temporada de nossos atletas e equipes paulista, a Confederação Brasileira de Esportes Universitários (CBDU) irá homenagear 5 atletas da delegação São Paulo na Premiação dos Melhores do Ano – Temporada 2018.
A gente conversou um pouquinho com os nossos homenageados para saber qual a relação deles com o esporte, como foi o ano de 2018 e outras curiosidades, e faremos 5 matérias especiais pra cada um deles. Você conhece agora um pouquinho da Camila
Camila Kokron – Rugby 7 USP
A Camila é estudante da farmácia da USP e conheceu o rugby na universidade durante uma palestra de apresentação do esporte. Após alguns meses ela assistiu uma partida durante o Inter, gostou e decidiu que queria jogar. Na época a farmácia não tinha um time feminino e ela junto com outras interessadas decidiram montar a equipe de rugby da farmácia.
Além da equipe de seu curso, ela joga também pela seleção USP (time pelo qual receberá a homenagem da CBDU) e pelo rugby USP, clube que compete fora do ambiente universitário.
Para conseguir se dedicar aos treinos e competições ela possui uma rotina pré-programada, montada em cima dos horários da grade da universidade e dos treinos para conciliar a vida acadêmica com o esporte.
“É uma honra representar a USP, nunca pensei em ser atleta e conheci o esporte durante a universidade, mudando totalmente minha vida. É muito legal representar a universidade de uma forma diferente, não só acadêmica. “
No ano passado a equipe da seleção USP foi campeã do JUBs e conseguiu a classificação para o Mundial que foi disputado na Namíbia. Sem apoio, a equipe iniciou uma grande campanha de arrecadação nas redes sociais para conseguir participar da competição. “Ficamos muito felizes com o resultado da campanha, foi incrível ver pessoas que não nos conhecia e não eram ligadas ao rugby ajudando. Queria agradecer novamente por tudo, significou muito para nós e para o esporte”, disse Camila.
O rugby ainda é um esporte em ascensão no Brasil, e no feminino a visibilidade é ainda menor. A USP foi a única equipe brasileira a participar do Mundial, uma vez que a UNIP campeã do masculino não competiu. Camila vê o fato como uma oportunidade: “O rugby está em desenvolvimento no Brasil, então ainda é pouco valorizado, ainda mais o feminino. Espero que tudo que construímos ano passado tenha mais repercussão e visibilidade para o esporte, principalmente o feminino. Só quem é mulher sabe como é discriminante a diferença entre o esporte feminino e masculino”.
Sobre o futuro do esporte universitário ela é clara: “Ter tido a experiência de ir para o Mundial e ver outras equipes que possuem uma cultura muito forte do rugby foi incrível. E apesar do Brasil ainda estar atrás em relação a outros países, nós mostramos que queremos evoluir. Acredito que se o universitário crescer, consequentemente, os clubes e seleção também crescerão! ” |